terça-feira, 19 de março de 2024

Série Mundo, da Orquestra Sinfônica Brasileira, celebra a música da Rússia, dia 20 de março, na Cidade das Artes

 


Javier Logioia Orbe é o maestro convidado para o concerto que terá o pianista Gustavo Carvalho como solista

Desde sua concepção, a Série Mundo, da Orquestra Sinfônica Brasileira, vem homenageando compositores e músicos de diversas regiões do globo. A apresentação que dá partida ao ciclo de concertos da série em 2024, dia 20 de março na Cidade das Artes, prestigia a riqueza musical e a tradição sinfônica da Rússia. O espetáculo conta com a regência de Javier Logioia Orbe e o solo de piano de Gustavo Carvalho. No programa, uma seleção de obras do conceituado compositor russo Piotr Ilitch Tchaikovsky. A Série Mundo conta com o patrocínio do Bradesco.

Neste primeiro espetáculo da Série Mundo de 2024 , a Orquestra Sinfônica Brasileira realiza uma viagem sonora à Rússia, através de obras de um de seus compositores mais representativos: Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840 – 1893). Da vasta produção desse mestre romântico – cujo trabalho é marcado por melodias apaixonantes e enorme carga expressiva – serão ouvidos o virtuosístico Concerto para Piano No. 1 e a pungente Sinfonia No. 6, em Si Menor. Quem assume a regência é o maestro Javier Logioia Orbe, e o solista convidado é o talentoso pianista Gustavo Carvalho.

"Sem valor, absolutamente impossível de ser tocado… trechos tão desorganizados, tão desconexos, tão mal escritos, que nem mesmo poderiam ser melhorados; (...) seria melhor se todo o resto fosse destruído". Quem lê as duras palavras de Anton Rubinstein fora do contexto em que elas foram proferidas jamais imaginaria que elas se referem ao Concerto para Piano No. 1 em Si Bemol Menor de Tchaikovsky. Felizmente, ao invés de descartar a obra, o compositor optou por dedicá-la a outro pianista, Hans von Büllow, que foi responsável pela estrondosa premiére americana. O evento não apenas popularizou o nome de Tchaikovsky nos EUA, mas também firmou a composição no cânone dos concertos para piano. Mesmo os menos iniciados reconhecem de imediato, os primeiros compassos do "Allegro non troppo e molto maestoso". Robusto e apaixonante, esse primeiro movimento apresenta um sem número de desafios técnicos ao solista, e conta com duas cadenzas brilhantes e virtuosísticas. O andamento central é um terno "Andantino semplice" cuja atmosfera de leveza é reminiscente dos balés de Tchaikovsky. O concerto chega ao fim com um compacto mas empolgante rondó, cujo clímax culmina em uma cascata brilhante de oitavas no piano.

Em 1893, 18 anos após compor o seu Concerto para Piano No. 1, Tchaikovsky concluiu aquela que seria sua última sinfonia: a de No. 6, em Si menor, Op. 74. "Nunca em minha vida estive tão contente, tão orgulhoso, tão feliz sabendo que escrevi uma boa peça", relataria o compositor em carta ao seu editor. Toda essa satisfação e contentamento, no entanto, contrastam profundamente com o teor emocional da obra. Apelidada de "Patética", a sinfonia é sombria e densa, com episódios de grande carga dramática. O primeiro movimento – quase duas vezes mais longo que os demais – começa em um tom de resignação que estabelece a aura de toda a obra. Em pleno domínio de suas capacidades imaginativas, o compositor consorcia forma tradicional e conteúdo inovador, manipulando as forças orquestrais em favor de um efeito pungente. No segundo movimento, o pathos cede lugar à ternura, com uma "quase-valsa" (em 5/4) que incorpora a "Canção da Flor" de "Carmen", uma das óperas favoritas do russo. O "Allegro molto vivace", por sua vez, é de um entusiasmo triunfante mas oco, o que confere a ele certo acento trágico. A sinfonia termina com um inesperado movimento lento, marcado "Adagio lamentoso", que conclui a obra em ares fúnebres. O próprio Tchaikovsky regeu a estreia da obra, em 28 de outubro de 1893. Ele morreria 9 dias depois.

 

A ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA:

Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira é reconhecida como um dos conjuntos sinfônicos mais importantes do país. Em seus 83 anos de trajetória ininterrupta, a OSB já realizou mais de cinco mil concertos e é reconhecida pelo pioneirismo de suas ações, tendo sido a primeira orquestra a realizar turnês pelo Brasil e exterior, apresentações ao ar livre e projetos de formação de plateia.

Composta atualmente por mais de 70 músicos brasileiros e estrangeiros, a OSB contempla uma programação regular de concertos, apresentações especiais e ações educativas, além de um amplo projeto de responsabilidade social e democratização de acesso à cultura.

Para viabilizar suas atividades, a Fundação conta com a Lei Federal de Incentivo à Cultura, tem o Instituto Cultural Vale como Mantenedor Amazônia, Shell como Patrocinador Cerrado, NTS - Nova Transportadora do Sudeste como Patrocinador Mata Atlântica, Itaú - Redecard e Volvo como Patrocinadores Caatinga, Brookfield e Sergio Bermudes Advogados como Patrocinadores Pampa, CYMI como Patrocinador Pantanal e Bradesco como Patrocinador da Série Mundo, além de um conjunto de apoiadores culturais e institucionais.

 

PROGRAMA:

PIOTR ILITCH TCHAIKOVSKY – Concerto para Piano e Orquestra nº 1

I. Allegro non troppo e molto maestoso

II. Andantino semplice

III. Allegro con fuoco
 

- intervalo -
 

PIOTR ILITCH TCHAIKOVSKY – Sinfonia nº 6 “Patética”

I. Adagio - Allegro non troppo

II. Allegro con grazia

III. Allegro molto vivace

IV. Finale. Adagio lamentoso - Andante

 


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